Bases Teóricas da Teoria Cognitivo Comportamental
Aaron T Beck, foi o pioneiro em um sistema empiricamente válido pela Psicoterapia (Padescky e Beck 2003).
Beck trouxe contribuições importantes para Psicologia e Psiquiatria em enfoque clínico por exemplo ( depressão, suicídio, ansiedade, esquizofrenia, abusos de substâncias, raiva em relacionamentos e dor aguda).
Ele ajudou a formar uma ampla e ativa comunidade de pessoas dedicadas ao desenvolvimento e à avaliação da Terapia Cognitiva.
O seu trabalho e pesquisas colaborativas e embasados influenciarão o desenvolvimento de teoria por muitas décadas.
Beck defende que não há razão para que a produtividade diminua de acordo com o avançar da idade, pois ao longo de seus 90 anos já publicou mais de 370 livros e artigos, sendo então uma inspiração para todos os profissionais da área. É notável a evolução de sua teoria ao longo dos anos, sendo que na década de 90, houve a maior expansão da terapia cognitiva. O que antes não era captada pelo radar da Psicologia.
Seus primeiros artigos surgiram na década de 50 e são fundamentais para terapia Cognitiva. Neste período Beck prenunciou o fim da carreira Psicanalítica e o início da Terapia Cognitiva, sem prever a importância que a terapia iria adquirir no futuro.
Na década de 60 Beck dedicou-se a desenvolver uma nova e derivada teoria empírica da depressão. Criando então um novo instrumento para mensurar a depressão – O Inventário de depressão de Beck (Beck, Ward, Mendelson, Mock e Erbaugh, 1961).
Sendo então uma das mensurações mais utilizadas para depressão. O Inventário de Depressão de Beck não só capta mudanças no humor, mas também as mudanças na motivação e no funciona- mento físico, bem como as características cognitivas da depressão.
Beck mostrou como pensamentos negativos e distorcidos são presentes e característicos em indivíduos com depressão e cunhou como pensamentos automáticos para descrever os pensamentos que ocorrem espontaneamente ao longo do dia.
Desta forma contribuiu para que os terapeutas propusessem um tratamento mais efetivos em suas estratégias comportamentais.
Os novos procedimentos terapêuticos incluíam exercícios de imaginação para captar os pensamentos automáticos relacionados à depressão; registro dos pensamentos para identificar e para testar esses pensamentos automáticos; e experimentos comportamentais para avaliar crenças relacionadas à motivação e às estratégias de enfrentamento. O que Beck chamou de “Questionamento socrátivo”. Este foi o primeiro tratamento Psicoterápico a obter resultados tão satisfatórios quanto o tratamento farmacológico.
Beck também contribuiu para a tratamento e criou uma escala para medir o risco de suicídio. Escala de Desesperança de Beck (Beck, Weissman, Lester e Trexler, 1974), a Escala de Intenção de Suicídio de Beck (Beck, Schuyler e Herman, 1974) e a Es- cala de Ideação Suicida (Beck, Kovacs e Weissman, 1979).
Em seus estudos Beck propunha que depressão clínica e a ansiedade estão em um continuum com as experiências emocionais, e que todas as experiências emocionais estão ligadas a cognições.
Na década de 80 Beck usa o modelo evolucionário para demonstrar a natureza adaptativa da ansiedade, ele propôs que toda ansiedade resulta da superestimação dos perigos e/ou da subestimação da capacidade de enfrentamento e dos recursos próprios.
A cada década Beck dedicava-se à aplicação da Terapia Cognitiva a problemas mais complexos. Olivro Cognitive Therapy of Perso nality Disorders (Beck, Freeman et al., 1990) [Terapia cognitiva dos transtornos da personalidade, Artmed, 2005] ofereceu a primeira perspectiva de longo prazo da terapia cognitiva conforme aplicada aos transtornos da personalidade – diagnoses em geral consideradas como resistentes ao tratamento.
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