TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR
Como identificar se seu filho é desobediente ou tem TOD – Transtorno Opositivo desafiador?
Se seu filho discute excessivamente com adultos ou autoridades, não assume
responsabilidades de seus maus atos, incomoda de forma sistemática os que
convivem com ele e respondem quase sempre de forma inadequada e ríspida
quando as coisas não ocorrem como desejam. Ele tem características que apontam TOD – Transtorno Opositivo desafiador.
Mas como descobrir se é TOD ou simplesmente desobediente?
O transtorno Opositivo desafiador é um distúrbio de comportamento caracterizado por um perfil rígido de desobediência e hostilidade. A criança ou adolescente portador de TOD, se não tratado, pode sofrer vários problemas de inserção social, conflitos familiares, dificuldades escolares, delinquência, entre outros.
É perfeitamente normal e aceitável, uma birra eventual. Faz parte da fase de desenvolvimento da criança e do adolescente. Aquelas birras, em que a criança grita, chora alto, se joga no chão de forma descontrolada, devem ser observadas, mas não caracterizam definitivamente o transtorno opositor desafiador. A birra é simplesmente uma forma inadequada e imatura de expressar sua frustração.
Existe um pico destes tipos de comportamento na primeira infância que é associado próximo aos 2 anos de idade ( considerado terríveis 2). Esses tipos de comportamento devem se estabilizar a partir dos 4 anos de idade. Isso dependendo da forma com que os pais conduzem a educação da criança. Ceder a birra, só vai agravar a situação. É indicado observar e entender o motivo da birra, agir com calma e após todo pico de raiva passar, tentar conduzir a criança a uma reflexão sobre como agir da forma adequada sobre aquela situação. A criança ainda está aprendendo o traquejo social e suas formas de frustração, então tenha paciência.
É importante observar a frequência dos comportamentos “desafiadores” , pois a criança opositora tende agir de forma mais intensa e constante, independentemente da forma em que os pais conduzem. Crianças com esse tipo de transtorno, são mais agressivas com os pais, irmãos, com figuras de autoridade, crianças da mesma idade e apresentam comportamentos maldosos e vingativos com o outro. O que acaba trazendo muitos prejuízos sociais, porque acabam afastando os seus amiguinhos. É comum também apresentarem comportamento agressivo no ambiente escolar, trazendo vários prejuízos no aprendizado e na sequência de ensino.
Estas crianças também podem apresentar outros transtornos com Deficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno bipolar, dificuldades motoras e dificuldades no sono. Em alguns casos mais severos, apresentam alguns comportamentos característicos do TEA transtorno do Espectro Autista, como oscilação de humor e dificuldades em relação ao ambiente.
Segue abaixo alguns tipos de comportamentos típicos a serem observados em crianças com TOD:
- Birras típicas persistentes além dos 4 anos de idade
- Nível de fatores estressantes persistentes ao longo da infância e adolescência
- Atraso no desenvolvimento e dificuldade de socialização
- Dificuldade de comunicação
- Dificuldade desproporcional em aceitar frustrações
- Agressividade, Irritação, perfil centralizador e problemas com outras crianças
- Problemas com sono
- Histórico familiar de transtornos
Caso considere que seu filho, possa se enquadrar no perfil de uma criança com Transtorno Opositor Desafiador, procure um profissional adequado, para que a criança tenha um diagnóstico adequado. Lembrando que o transtorno Opositor causa prejuízos enormes a criança e a família, por isso é tão importante a busca de ajuda de profissionais preparados.
O tratamento é baseado em três eixos: Terapia X Medicação X Escola.
Através da terapia, serão abordadas as demandas individuais da criança e paralelamente uma terapia de manejo dos pais. A medicação é inserida de acordo com a severidade do transtorno e deve ser prescrita por um Psiquiatra, Neuropsiquiatra, Pediatra ou Neuropediatra. Já a escola exerce um papel fundamental no tratamento desta criança ou adolescente, devendo acolher e buscar entender e trabalhar de acordo com as demandas da criança, proporcionando uma estrutura de aprendizado que se adequa a sua necessidade, com o objetivo de reduzir os sintomas opositores.
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